terça-feira, 17 de maio de 2011

Infografia Estática - proposta 4



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Começando pelo elemento em primeiro plano, a pegada é símbolo do conceito de “pegada ecológica” (a definição em termos científicos é “quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações actuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por uma determinada população”). Encontra-se representada a preto, por ser uma cor neutra, e a dimensões consideráveis na composição visual por ser o elemento central: os restantes conceitos inserem-se na temática da ecologia. 

A cor-base da infografia é o verde, pelo carácter naturalista que transmite, em tudo relacionado com o tema a ser abordado: sete formas de reduzir a pegada ecológica. Os elementos figurativos utilizados são exemplificativos de medidas a tomar com o intuito de reduzir o impacto no planeta. Desta forma, a casa representa todas as atitudes ecológicas a ter, o carro é símbolo dos meios de transporte, a gota de água é representativa de todas as actividades que envolvam a utilização da mesma, etc. Seguindo a mesma linha de pensamento, optámos pela escolha de figuras coloridas em formato “cartoon” – além de mais apelativas, conferem um carácter esclarecedor e simplista à composição visual, o que se coaduna com a possibilidade de a mesma ser entendida por todos: o público-alvo é bastante abrangente.

Toda a combinação de factores anteriormente referidos conferem à infografia um carácter formativo e informativo, ao mesmo tempo que permitem a existência de uma importante característica em todas as formas de Design: a originalidade.

Programas utilizados: Photoshop CS4, Paint, Microsoft Office Picture Manager e Microsoft Office Word.


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Relativamente à infografia primeiramente elaborada, optámos por deixar de parte a sua ideia base por uma questão de falta de dados estatísticos oficiais e passíveis de serem trabalhados. Desta forma, escolhemos um tema com bastante informação e que nos permitiu ser criativas, realizando, ao mesmo tempo, uma comunicação capaz de informar. Neste caso particular, somos da opinião que a infografia simplifica bastante a percepção dos dados, o que não ocorria, de todo, no primeiro projecto realizado – foi uma das críticas apontadas pelo professor. Assim, escolhemos construir uma infografia leve, tanto do ponto de vista da imagem como do ponto de vista do conteúdo escrito, apelativa e educativa.
Relativamente a aspectos técnicos, escolhemos uma cor de fundo neutra e clara pois a água é transparente, logo, não se coadunava a utilização de uma tonalidade berrante ou escura. A cor predominante nos elementos é, claramente, o azul, pela sua simbologia ligada à água. A gota principal, que ocupa um lugar de destaque, representa, como indica a legenda, a procura de água por sector, sendo, na íntegra símbolo dos 100%. Reparte-se, claro, em porções mais pequenas (onde estão indicadas as respectivas percentagens a diferentes tonalidades de azul, de modo a que a leitura da informação seja facilitada e se enquadre com a informação transmitida no pequeno gráfico do lado direito). O gráfico indica, de forma simples, o uso da água por sector e se esta utilização da mesma é bem ou mal realizada (água consumida vs água desperdiçada).
Por último, consideramos a infografia agradável e atractiva do ponto de vista visual, sendo a distribuição dos elementos que a constituem equilibrada (não há grandes espaços vazios nem predominância excessiva de texto). O título destaca-se, como é suposto, e é simples e claro: transmite aos observadores uma imagem clara do que vão ver.
Nota: Os dados utilizados para a realização desta infografia estão disponíveis no site: portaldaagua.inag.pt

Programas utilizados: Photoshop CS4, Paint, Microsoft Office Picture Manager e Microsoft Office Word.


Infografia - pesquisa temática

- Abaixo encontram-se exemplos de infografias, ideais para melhor esclarecimento do conceito e posterior utilização do mesmo em trabalho prático -













Infografia - primeira abordagem

O século XX foi acompanhado por uma mudança tecnológica que se reflectiu na imprensa: “As inovações na indústria gráfica apresentam um nível de requinte visual antes inimaginável” (SCALZO, 2004). As fotografias enchiam os jornais e as revistas, completando-as: a era da imagem no jornalismo estava, finalmente, instalada. A opinião pública valorizava bastante a inovação a este nível, sendo a informação mais completa e apelativa.

Ao longo dos anos, o progresso a todos os níveis chegava ao jornalismo, passando este a ser exercido da mesma forma, mas tendo a particularidade de informar com menos palavras e mais recurso a elementos visuais.
O avanço da tecnologia, as novidades no que diz respeito à impressão e, numa fase bastante mais recente, o uso global de computadores, contribuíram para o surgimento de uma linguagem jornalística alternativa – a infografia. Equiparando-se a ilustrações e fotografias, a infografia foi rapidamente adoptada pela facilidade de consulta que lhe é característica, sendo simultaneamente atractiva (do ponto de vista do Design em imprensa) e esclarecedora.

Ao contrário da ilustração e da imagem fotográfica, a infografia não tem como função primordial “adornar” o conteúdo informativo a divulgar, mas sim jogar o espaço/tempo disponível para transmissão/leitura da notícia ou da informação (geral), apresentando os dados fundamentais de uma ocorrência. Pretende-se, portanto, informar com pouco, mas informar bem, nunca perdendo coerência ou veracidade (caso contrário a composição visual perderia todo o seu sentido). Como é do conhecimento geral, a geração jovem da actualidade vive numa era de tecnologia, continuamente associada ao progresso, sendo por isso uma geração de leitores que favorecem o visual, a rapidez e a praticabilidade.  

As infografias são utilizadas para apresentar dados de diversas índoles e naturezas, desde saúde à ciência ou à educação – abrange, utilizando o termo jornalístico, diferentes editorias. Segundo Scalzo, investigador brasileiro, a popularidade da infografia é imensa, acrescentando ainda que “ali que o leitor deposita […] a sua atenção e (decide) ler ou não a matéria”. Desta forma, o objectivo é sempre a aliança perfeita entre o texto e a imagem, tentando estabelecer uma comunicação sem falhas.
Em suma, esta nova linguagem jornalística permite a captação de um público mais vasto, favorecendo, em qualquer circunstância, o conteúdo informativo, mas complementando-o e tornando-o agradável e de fácil leitura através da associação simbiótica com a imagem.

Infografia - pesquisa temática: Ecologia & Pegada Ecológica








Cor - estudo melhorado

Na sequência de um conjunto de indicações dadas pelo professor, optei por reformular na totalidade esta recolha de imagens e posterior alteração da cor em Adobe Photoshop CS5.



A primeira imagem representa, de forma clara e objectiva, uma paisagem de Outono: predominam as cores quentes, como o laranja e o escarlate, sugerindo a queda das folhas caducas das árvores. O pavimento encontra-se, igualmente, forrado a diversas colorações avermelhadas, remetendo mais uma vez para esta estação do ano.
A segunda imagem, onde é visível o predomínio das distintas tonalidades da cor verde, não remete, de forma alguma, para o Outono: pelo contrário, a cor dominante apenas faz lembrar vivacidade e renovação, e não queda ou morte, evidentes na primeira fotografia. Apesar de a folhagem se encontrar disposta no chão, não há qualquer ligação à perda de folhas característica dos últimos meses do ano. Desta forma, é possível inferir que a alteração da cor constituiu uma mudança no sentido geral e particular da primeira fotografia: as tonalidades tinham um papel fundamental no esclarecimento de um contexto, contexto esse que sofreu uma mutação aquando da mudança de cor.



Na primeira fotografia encontra-se uma rapariga de expressão facial neutra a olhar para o lado. É deixado ao critério de quem a observa o que a jovem está a sentir naquele momento, não sendo o sentimento representado de forma óbvia na fotografia. Porém, as cores vivas e variadas que complementam a fotografia contribuem para uma determinada interpretação da mesma, não obscura ou triste, simplesmente natural.

No entanto, tudo muda quando a cor é retirada, quase na totalidade, como é possível observar na segunda imagem: a rapariga, que outrora olhava para o lado com naturalidade, parece agora demonstrar algum medo. O próprio ambiente que a rodeia não é colorido, mas sim escuro, sem cor: o céu adquiriu nuvens com aspecto carregado, sendo traçadas a tom quase negro, incutindo uma certa ideia de tempestade e obscuridade. Assim, a mesma fotografia, transmite duas ideias quase opostas, sendo este facto evidencia de que a cor representa, indubitavelmente, um papel crucial e singular.



A primeira fotografia transporta uma ideia indiscutível de sinistralidade, de medo, como se de um filme de terror de tratasse. Predominam as cores escuras, mas não neutras: o roxo acastanhado adquire um lugar de destque em toda a imagem, sendo a cor predominante que salta à vista. O facto de possuir efeitos de luz (repare-se na cor preta na periferia da foto) foca a atenção para o centro - esta característica, nesta imagem em particular, contribui para a existência de um carácter trágico. Imediatamente o observador da fotografia imagina a ocorrência de um crime violento que resultou em morte: o cenário é, portanto, assolador.

Alterando a cor primordial da imagem, esta perde por completo o seu significado inicial: as cores sinistras e que remetem para a obscuridade são substituídas por uma cor intensa, símbolo da Natureza e dos elementos vivos. O observador não se sente, de todo, no interior de um filme de terror, muito pelo contrário: a fotografia demonstra, apenas, as pequenas pernas e pés de uma criança, provavelmente sentada no solo de uma floresta, a brincar ou a ler. Portanto, mais uma vez a alteração da cor resultou numa mudança total de acepção da imagem, conferindo-lhe um novo carácter, totalmente diferente do inicial.


domingo, 1 de maio de 2011

Cor & Identidade - Proposta 3 - Parte 1



A primeira imagem representa, visivelmente, a riqueza e o luxo, sendo estes representados pelos tons dourados e luzentes, símbolos óbvios de exuberância: enquanto fotografia de cartaz publicitário, são estas as percepções que se pretende que o cliente relacione com a marca/produto. Os diamantes e as jóias simbolizam, da mesma forma, elegância e formosura. Desde sempre o ouro representa um determinado estatuto de riqueza, tanto que o facto de os túmulos egípcios serem forrados a dourado era um indicativo da alta posição social ocupada em vida pela pessoa.

A segunda imagem não representa, de forma tão intensa, a noção de riqueza. Com a retirada dos tons dourados, a fotografia perdeu totalmente o significado inicial, permitindo concluir que a cor desempenhava no cartaz publicitário um papel fulcral. Após alteração da cor, a imagem passou a ser símbolo de mistério, do desconhecido, não sendo mais associado ao luxo graças à presença da cor púrpura. As jóias aparentam ter perdido o seu brilho, parecendo agora saídas de um tesouro escondido algures.



Como podemos concluir com a observação da primeira imagem, esta tem puramente um fim ecológico, pretendendo alertar para o abate de árvores na Amazónia, causado principalmente pela indústria do papel. Assim, é visível a redução gradual da cor verde (símbolo da Natureza) à medida que o papel vai sendo gasto, o que terá consequências gravíssimas no "pulmão do mundo".

No segundo caso, a simbologia da cor desapareceu totalmente. A cor vermelha, representativa de sangue e sofrimento, passa a dominar toda a composição visual. A imagem equipara-se a um “escorrer” de sangue, sendo deixada de parte a ideia ecologista inicial.



A primeira imagem constitui uma publicidade à série televisiva Dexter, em que o protagonista do mesmo nome é um camuflado assassino em série. Deste modo, torna-se óbvio que a cor vermelha representa sangue, homicídio, sofrimento e sadismo.

No entanto, alterando a cor principal e que atribui total significado ao anúncio, passamos a ter uma imagem que transpõe na totalidade a ideia de água e de frescura, assemelhando-se a uma publicidade de uma bebida ou de tinta. Na última imagem, a ideia é semelhante, sendo, desta vez, a cor verde representativa de Natureza.



A primeira imagem, da capa “The other side of the moon” dos Pink Floyd, representa o conhecido fenómeno da difracção da luz, em que um feixe de luz branca, quando em contacto com uma superfície, se decompõe nas cores que o constituem (cores do arco-íris). Na foto a preto e branco, o fenómeno não é, de todo, representado, uma vez que se verifica a ausência de cor a todos os níveis na composição visual. Assim, a imagem limita-se a ilustrar uma sequência sem qualquer significado de tons cinza.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Tipografia - um último olhar


A tipografia constitui dois elementos da elaboração de um texto: a arte e o procedimento criativo, em si. É, ainda, um componente fundamental e absolutamente primordial do Design Gráfico – deste modo, pode definir-se o principal propósito da tipografia neste campo como o de atribuir ordem estrutural às composições visuais e conferir forma às mesmas. Em termos leigos, é frequente referirmo-nos à tipografia como o grafismo associado à imprensa. No entanto, como poderemos comprovar ao longo deste artigo, o conceito é bastante mais complexo mas, ao mesmo tempo, aliciante.
De uma forma geral, entende-se que a base de qualquer composição tipográfica é ser perceptível, não obstante, é necessário que seja legível e “visualmente envolvente”. Assim, pretende-se que o público a que é destinado aprecie o que observa, ao mesmo tempo que tem acesso a informação passível de ser assimilada. No caso particular do Design Gráfico, a legibilidade é algo que pode ser ou não, consoante o contexto em causa, um conceito a ter em conta.
Logicamente, para que seja conseguido o efeito visual pretendido e para que, assim, a mensagem passe para o público, a escolha de fontes tipográficas (por outras palavras, tipos de letra) é algo imprescindível ou mesmo determinante. Cada fonte tipográfica causa no observador um determinado efeito, sendo que transmitem sensações diferentes (por exemplo, os tipos de letra mais arredondados difundem uma ideia de “friendly”, de confiança, enquanto que letras quadradas/rectangulares/estanques transmitem uma noção de rigidez). Contudo, a atenção visual não depende apenas da fonte utilizada, pelo contrário: a composição do texto, também designada por “layout” (textos, gráficos ou figuras que coordenam a produção visual), desempenha um papel igualmente preponderante. A sensibilidade do artista no que diz respeito à escolha do tom do texto, juntamente com a relação entre o texto e os componentes gráficos, são identicamente imprescindíveis. Em última instância, pretende-se que o layout seja apropriado a cada conteúdo, sendo para tal necessário que os elementos supra-referidos se encontrem em consonância na composição visual.  
Numa parte inicial da história da tipografia, esta era uma actividade realizada para fins industriais, sendo limitada aos tipógrafos. Porém, com a democratização da tipografia, esta passou a ser ilimitada, como é comprovável actualmente, na Era da Revolução Digital (apenas são necessários dois elementos: uma fonte tipográfica e um processador de texto).
Para os designers que trabalham com diagramação (“distribuição de elementos gráficos no espaço limitado da página impressa”), a relação texto-imagem é a base do trabalho, pelo que o conhecimento tipográfico é um factor essencial.
Em suma, a tipografia é uma das bases do Design Gráfico.
Explorando um pouco o conceito de tipografia digital, esta é utilizada na criação de logótipos, letterings e títulos, por exemplo.













 “Tipografia é transformar um espaço vazio, num espaço que não seja mais vazio. Isto é, se tem uma determinada informação ou texto manuscrito e precisa de lhe dar um formato impresso com uma mensagem clara que possa ser lida sem problema, isso é tipografia.”
– Wolfgang Weingart


Bibliografia consultada:
HEITLINGER, Paulo; Tipografia: origens, formas e uso das letras, Dinalivro, Lisboa, 2006
FONSECA, Joaquim da; Tipografia e Design Gráfico; Bookman, São Paulo, 2008

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Álvaro de Campos: memória descritiva - proposta 2


Na composição visual respeitante ao heterónimo Álvaro de Campos optámos pela utilização de tipos de letra que remetessem para o exagero, a fúria, a hipérbole e a intensidade. Campos apresenta três distintas fases de escrita, a Decadentista, a Futurista e a Abúlica. Como a primeira fase não é muito significativa, apostámos nas outras duas. As cores usadas no projecto pretendem transmitir excesso e um certo desejo de sangue (cor vermelha), provocado pela raiva que habita no heterónimo na fase Futurista. O fundo preto ilustra a tristeza e um certo luto que invade o autor na terceira fase.
Esta composição pode transmitir a ideia de confusão e complexidade, tal como se representassemos a teia de pensamento de Campos num momento de exacerbada auto-análise, pânico e febre ("Estou febril e escrevo"). Para transmitir a ideia atrás referida, utilizámos diversos tamanhos de letra, sobrepostos, com diferentes orientações e em diferentes planos (opacidades distintas).
Todo o projecto foi desenvolvido em Adobe Photoshop CS4.

quarta-feira, 13 de abril de 2011

A cor e a identidade