terça-feira, 17 de maio de 2011

Infografia - primeira abordagem

O século XX foi acompanhado por uma mudança tecnológica que se reflectiu na imprensa: “As inovações na indústria gráfica apresentam um nível de requinte visual antes inimaginável” (SCALZO, 2004). As fotografias enchiam os jornais e as revistas, completando-as: a era da imagem no jornalismo estava, finalmente, instalada. A opinião pública valorizava bastante a inovação a este nível, sendo a informação mais completa e apelativa.

Ao longo dos anos, o progresso a todos os níveis chegava ao jornalismo, passando este a ser exercido da mesma forma, mas tendo a particularidade de informar com menos palavras e mais recurso a elementos visuais.
O avanço da tecnologia, as novidades no que diz respeito à impressão e, numa fase bastante mais recente, o uso global de computadores, contribuíram para o surgimento de uma linguagem jornalística alternativa – a infografia. Equiparando-se a ilustrações e fotografias, a infografia foi rapidamente adoptada pela facilidade de consulta que lhe é característica, sendo simultaneamente atractiva (do ponto de vista do Design em imprensa) e esclarecedora.

Ao contrário da ilustração e da imagem fotográfica, a infografia não tem como função primordial “adornar” o conteúdo informativo a divulgar, mas sim jogar o espaço/tempo disponível para transmissão/leitura da notícia ou da informação (geral), apresentando os dados fundamentais de uma ocorrência. Pretende-se, portanto, informar com pouco, mas informar bem, nunca perdendo coerência ou veracidade (caso contrário a composição visual perderia todo o seu sentido). Como é do conhecimento geral, a geração jovem da actualidade vive numa era de tecnologia, continuamente associada ao progresso, sendo por isso uma geração de leitores que favorecem o visual, a rapidez e a praticabilidade.  

As infografias são utilizadas para apresentar dados de diversas índoles e naturezas, desde saúde à ciência ou à educação – abrange, utilizando o termo jornalístico, diferentes editorias. Segundo Scalzo, investigador brasileiro, a popularidade da infografia é imensa, acrescentando ainda que “ali que o leitor deposita […] a sua atenção e (decide) ler ou não a matéria”. Desta forma, o objectivo é sempre a aliança perfeita entre o texto e a imagem, tentando estabelecer uma comunicação sem falhas.
Em suma, esta nova linguagem jornalística permite a captação de um público mais vasto, favorecendo, em qualquer circunstância, o conteúdo informativo, mas complementando-o e tornando-o agradável e de fácil leitura através da associação simbiótica com a imagem.

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