terça-feira, 17 de maio de 2011

Cor - estudo melhorado

Na sequência de um conjunto de indicações dadas pelo professor, optei por reformular na totalidade esta recolha de imagens e posterior alteração da cor em Adobe Photoshop CS5.



A primeira imagem representa, de forma clara e objectiva, uma paisagem de Outono: predominam as cores quentes, como o laranja e o escarlate, sugerindo a queda das folhas caducas das árvores. O pavimento encontra-se, igualmente, forrado a diversas colorações avermelhadas, remetendo mais uma vez para esta estação do ano.
A segunda imagem, onde é visível o predomínio das distintas tonalidades da cor verde, não remete, de forma alguma, para o Outono: pelo contrário, a cor dominante apenas faz lembrar vivacidade e renovação, e não queda ou morte, evidentes na primeira fotografia. Apesar de a folhagem se encontrar disposta no chão, não há qualquer ligação à perda de folhas característica dos últimos meses do ano. Desta forma, é possível inferir que a alteração da cor constituiu uma mudança no sentido geral e particular da primeira fotografia: as tonalidades tinham um papel fundamental no esclarecimento de um contexto, contexto esse que sofreu uma mutação aquando da mudança de cor.



Na primeira fotografia encontra-se uma rapariga de expressão facial neutra a olhar para o lado. É deixado ao critério de quem a observa o que a jovem está a sentir naquele momento, não sendo o sentimento representado de forma óbvia na fotografia. Porém, as cores vivas e variadas que complementam a fotografia contribuem para uma determinada interpretação da mesma, não obscura ou triste, simplesmente natural.

No entanto, tudo muda quando a cor é retirada, quase na totalidade, como é possível observar na segunda imagem: a rapariga, que outrora olhava para o lado com naturalidade, parece agora demonstrar algum medo. O próprio ambiente que a rodeia não é colorido, mas sim escuro, sem cor: o céu adquiriu nuvens com aspecto carregado, sendo traçadas a tom quase negro, incutindo uma certa ideia de tempestade e obscuridade. Assim, a mesma fotografia, transmite duas ideias quase opostas, sendo este facto evidencia de que a cor representa, indubitavelmente, um papel crucial e singular.



A primeira fotografia transporta uma ideia indiscutível de sinistralidade, de medo, como se de um filme de terror de tratasse. Predominam as cores escuras, mas não neutras: o roxo acastanhado adquire um lugar de destque em toda a imagem, sendo a cor predominante que salta à vista. O facto de possuir efeitos de luz (repare-se na cor preta na periferia da foto) foca a atenção para o centro - esta característica, nesta imagem em particular, contribui para a existência de um carácter trágico. Imediatamente o observador da fotografia imagina a ocorrência de um crime violento que resultou em morte: o cenário é, portanto, assolador.

Alterando a cor primordial da imagem, esta perde por completo o seu significado inicial: as cores sinistras e que remetem para a obscuridade são substituídas por uma cor intensa, símbolo da Natureza e dos elementos vivos. O observador não se sente, de todo, no interior de um filme de terror, muito pelo contrário: a fotografia demonstra, apenas, as pequenas pernas e pés de uma criança, provavelmente sentada no solo de uma floresta, a brincar ou a ler. Portanto, mais uma vez a alteração da cor resultou numa mudança total de acepção da imagem, conferindo-lhe um novo carácter, totalmente diferente do inicial.


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